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Celulite ocular: cuidado com espinhas e sinusite, risco de cegueira é alto

Duas pacientes em tratamento contra a celulite ocular Arquivo pessoal Uma espinha no rosto, uma picada de inseto, um abscesso dental ou até uma sinusite mal re...

Celulite ocular: cuidado com espinhas e sinusite, risco de cegueira é alto
Celulite ocular: cuidado com espinhas e sinusite, risco de cegueira é alto (Foto: Reprodução)

Duas pacientes em tratamento contra a celulite ocular Arquivo pessoal Uma espinha no rosto, uma picada de inseto, um abscesso dental ou até uma sinusite mal resolvida podem ser o ponto de partida para uma infecção grave na região dos olhos. Conhecida como celulite ocular, a condição não é contagiosa, mas pode evoluir rápido e causar cegueira irreversível, ou até levar à morte. O problema começa com uma bactéria. Ela pode entrar por feridas, inflamações ou traumas próximos aos olhos e atingir os tecidos da pálpebra ou da órbita ocular. Apresentadora é infectada por bactéria com poder de cegar Segundo o oftalmologista Guilherme Colombo Barboza, a celulite ocular se apresenta em duas formas: pré-septal, mais superficial, e orbitária, mais profunda e perigosa. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp A orbitária é a que mais preocupa. “Se não for tratada rapidamente, a forma orbitária pode causar complicações sérias, inclusive risco de cegueira ou disseminação da infecção para o cérebro”, afirmou Colombo, que também é diretor do Hospital Visão Laser. Os sintomas incluem dor, inchaço, vermelhidão e dificuldade para abrir ou mover os olhos. Em casos mais graves, a visão pode ficar embaçada ou desaparecer por completo. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Quem está em risco e como a bactéria age Segundo o oftalmologista Gustavo Bonfadini, da Clínica Oftalmologia Especializada Ipanema, as bactérias mais comuns são as das vias respiratórias, como Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae. “Ela (celulite ocular) é, na verdade, uma complicação secundária de infecções locais (como sinusite, espinha na pele, furúnculo ou abscesso dental) ou de traumas com contaminação bacteriana na região dos olhos”, explicou. Apresentadora Marcelly Abreu, de 39 anos, foi diagnosticada com celulite ocular em Santos (SP) Arquivo Pessoal Dados da Academia Americana de Oftalmologia mostram que crianças e adolescentes são os mais afetados, principalmente após quadros respiratórios mal resolvidos. E o risco é alto: “Estudos recentes apontam que, em centros de referência, até 11% dos casos de celulite orbitária evoluem com comprometimento visual significativo quando há atraso no tratamento. Por isso, é considerada uma emergência médica e oftalmológica”, destacou Bonfadini. Tratamento exige rapidez e acompanhamento médico O tratamento depende da gravidade e da profundidade da infecção. A forma pré-septal costuma ser tratada com antibióticos orais de amplo espectro, acompanhamento clínico rigoroso e, em alguns casos, compressas mornas. Já a orbitária exige internação hospitalar, uso de antibióticos intravenosos e, se houver abscesso, drenagem cirúrgica. O acompanhamento com oftalmologista e otorrinolaringologista é considerado essencial, especialmente nos casos que se originam de sinusites não tratadas adequadamente. Em alguns pacientes, exames de imagem são fundamentais para avaliar a extensão da infecção. Apesar da gravidade, a celulite ocular não é contagiosa. “Ela não pode ser transmitida de pessoa para pessoa”, reforçou Colombo. O recado dos especialistas é claro: ao menor sinal de dor, inchaço ou dificuldade para mover os olhos, especialmente se houver histórico recente de sinusite, espinha inflamada, trauma ou infecção dental, é preciso procurar atendimento médico imediato. Analista de marketing, Janaina Roberta de Araújo Mulinario, de 32 anos, ficou internada após ser diagnosticada com celulite ocular Arquivo Pessoal VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

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